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CARTA ABERTA: O FUTURO QUE QUEREMOS (2020)

Na sequência da conjuntura socioeconómica gerada pela COVID19, em Maio de 2020, os membros da Comunidade LIDERA juntaram-se para escrever uma carta ao país sobre a urgência de construir um mundo pós pandemia assente num modelo económico mais justo e inclusivo, que tivesse como base o equilíbrio e respeito pelos limites do planeta.

Para legitimar as nossas exigências, pedimos aos jovens portugueses e às organizações juvenis de Portugal que se juntassem a nós nesta luta, assinando a Carta. Demos também espaço a que outras pessoas e organizações nos apoiassem. 

Em menos de 2 semanas recolhemos +4000 assinaturas, tivemos presentes em diversos meios de comunicação, e fomos recebidos pelo então Ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes, a quem apresentámos as nossas exigências. Como resultado desse encontro foi-nos proposto integrar um grupo de trabalho, juntamente com outras ONGs, para encontrar em conjunto soluções para uma recuperação pós COVID sustentável. No entanto, apesar das várias tentativas de contacto, não tivemos mais feedback posterior sobre este processo. 

Ao mesmo tempo, outras organizações pela Europa (e pelo mundo) juntaram-se com um propósito semelhante, criando um movimento global para uma verdadeira recuperação pós-COVID19 sustentável.

 

Acreditamos que foi a força coletiva deste movimento global, no qual a LIDERA e todos os assinantes da Carta fizeram parte, que deu legitimidade e força política à União Europeia para atribuir a “luta climática” como um dos três pilares dos Planos de Recuperação e Resiliência nacionais, definindo um coeficiente mínimo de 30% dos fundos para o objetivo da neutralidade carbónica.

Na altura que escrevemos este texto, em Janeiro de 2023, ainda há muito trabalho pela frente e por isso, na LIDERA, continuamos a trabalhar em conjunto para acelerar a transição climática (justa) em Portugal.

Como aprendizagem do processo de elaboração da Carta, para proteger e fomentar a heterogeneidade de perfis dentro da comunidade, e de forma a promover diálogo construtivo entre atores da sociedade com diferentes opiniões e posições políticas, a LIDERA decidiu que iria abster-se no futuro de tomar posições coletivas como esta da Carta.

Comunidade LIDERA

dezembro 2022

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